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Dicas Essenciais para a Socialização
Bases Fortes para o Futuro
O desenvolvimento social de uma criança não deve ser visto de forma individual.
Pelo contrário, está diretamente associado ao desenvolvimento físico-motor, cognitivo, afetivo-emocional e outros.
É assim que ele se vai conhecendo a si próprio, para depois interagir com o mundo à sua volta, depois.
Esta socialização tem início com a família e aqueles que rodeiam o dia a dia do bebé.
Depois, gradualmente, novos elementos vão sendo introduzidos (como a creche, por exemplo), preparando-o para um universo cada vez maior e complexo.
Se, por um lado, a socialização depende de variáveis como a segurança ou a confiança, também é verdade que os jogos e as brincadeiras (físicos e intelectuais) se transformam num dos principais métodos de socialização desde muito cedo.
Os Primeiros Vínculos
A confiança básica do seu bebé chega-lhe através da relação que estabelece logo consigo.
Quando recebe o afeto, o amor e as suas necessidades primárias são respondidas, o seu bebé vai desenvolver um sentimento de segurança essencial para futuras interações.
Identificar essas necessidades, bem como os seus estados afetivos, é muito importante.
É o que vai ajudá-lo a conhecer-se a si próprio. A reconhecer as suas próprias sensações, desejos e impulsos.
Funcionam como as bases fortes para o futuro.
A criança segura nas suas capacidades e com a sua autonomia testada no seio familiar vai estar mais disposta a arriscar em novos vínculos e novas experiências, assumindo a sua individualidade nas muitas interações que terá pela frente.
Os Primeiros Contactos com o Mundo
As primeiras interações do bebé são estabelecidas com base nos sentidos auditivos, tácteis e olfativos.
A sua voz e o seu cheiro, por exemplo, são identificados logo nos primeiros dias de vida, reconfortando o seu bebé sempre que você está presente. A visão vai amadurecendo e, em conjunto com os outros sentidos, vai alargando a perceção sobre o que o rodeia.
Aos poucos, o seu bebé vai identificando, de uma forma cada vez mais extensa e profunda, tanto pessoas como objetos.
É a descoberta destes novos universos – mais extensos e complexos – que vai possibilitar a sua identificação pessoal e adaptação gradual. Enquanto vai reconhecendo, vai também interagindo! Com gestos simples, com expressões e com sons, como o próprio choro. Este contacto permanente alia-se à capacidade de reconhecimento ajudando na definição da sua personalidade.
Neste processo de desenvolvimento, o seu papel é absolutamente único:
Primeiro, enquanto modelo. São as suas reações que acabam por dar à criança as primeiras noções do que está certo e do que está errado. Há um papel a cumprir na definição de limites razoáveis para ação do bebé e pela sensação de segurança que lhe pode proporcionar, essencial para a sua confiança em explorar novas realidades.
Dois Tipos de Socialização
A socialização pode ser dividida em dois tipos ou fases: a socialização primária e a socialização secundária.
A socialização primária é bastante importante. Tem início com o nascimento e desenrola-se até aos 12 anos de idade, mais ou menos, em diferentes fases e intensidades.
É durante esta socialização primária que a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos de comportamento do grupo ao qual pertence.
É uma fase que deixa marcas muito profundas para a vida, uma vez que é aí que se constrói o seu primeiro mundo. E é a partir do qual entramos na socialização secundária.
Uma criança já socializada (a partir dos 12 anos, mais ou menos) passa para a socialização secundária. Esta é uma fase de adaptação e especialização em universos específicos de interação como a escola, primeiro, e o trabalho, depois. Está diretamente relacionada com os papeis específicos que o seu bebé de hoje vai desempenhar amanhã e durante toda a sua vida.
Referências para a Socialização